terça-feira, 21 de junho de 2011

Abrindo janelas

Há um tempo atrás, aqui em Minas, era comum ver alguém debruçado na janela de casa com o intuito de ver o movimento da cidade. É uma cena interessante: de dentro de casa, ver o mundo lá fora quando se abre uma janela.
Hoje é comum nos debruçarmos sobre outras janelas, que não são as de nossas casas, mas que também nos mostram o mundo lá fora. E como mostram!
Meu Deus! Quando muitas janelas que me trazem a cor laranja se abrem e começam a piscar na tela do meu computador, ainda fico apavorada! Mas, também já fico fascinada!!!
Antes de abrir esta janela aqui, sobre a qual me debruço agora, pensei muitas vezes, estando diante dela: “Abro ou não abro!?”
Porque, se debruçar na janela, não é só avistar o mundo lá fora! É também se expor a quem passa, ao que acontece! É permitir a quem passa por aqui me olhar! E isso, também, ainda me apavora às vezes!
Mas, apesar de presente, o medo não é o sentimento predominante aqui. O que predomina é o mesmo sentimento de antes, aquela estranha inquietação. E uma estranha certeza! A de que, abrindo janelas, e me debruçando sobre elas, quem passar por aqui, vai descobrir comigo o que há além de uma janela.
Assim, quem sabe mais gente não chega até a garagem!? Quem sabe não vamos precisar aumentar o tamanho da mesa!?

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